Teimosia ou burric....?

Muitos técnicos de futebol, assim como a maioria das pessoas, possuem manias. Mas precisamente neste esporte, algumas acabam se tornando interessante.

Vamos pegar o exemplo do técnico Muricy Ramalho, do São Paulo. Curiosamente, no ano de 2008, o elenco dispunha de uma vasto número de laterais, principalmente do lado direito. Rafael, Éder, Reasco, Joilson e Maurinho. Quem era escalado para jogar? O volante Zé Luís. Na esquerda, o técnico dispunha do excelente pentacampeão Júnior e o jovem Alex Cazumba. Mas o escolhido era o meia Jorge Wágner.

Algumas improvisações dão certo, mas isso não quer dizer que será algo duradouro. Alguém se lembra a posicão do Rycharlyson? Era meia quando contratado. Já jogou de volante, lateral-esquerdo e, ultimamente, aproveitado como zagueiro. Nunca em sua posição de origem. O resultado disso? Mau rendimento do atleta.

O caso do Júnior talvez seja o mais grave de todos. Ficou praticamente dois anos sem ser aproveitado e agora faz uma bela temporada pelo Atlético Mineiro. Alguém pode perguntar: Quero chegar aonde com isso tudo?

Assisti a derrota do tricolor contra o Cruzeiro no Mineirão pela Libertadores de América. Chega ser impressionante como o meio de campo do São Paulo não produz uma jogada. As jogadas pelas laterais com cruzamento na área, antigo ponto forte, não existem mais. É chutão da defesa para o ataque. E não é de hoje que bato na tecla desse futebol ruim jogado pelo time do Muricy. Insistência em improvisações ineficientes.

A equipe é a mesma do ano passado, só que reforçada. O treinador não consegue fazer o time apresentar um bom futebol e pior, vencer uma partida é algo que não ocorre há um mês.

A torcida reclama com razão. Muitos apontam que é uma injustiça com o treinador tri-campeão brasileiro consecutivo. Aliás, excelente treinador. Só não podemos esquecer que a responsabilidade de uma equipe jogar mal é do técnico. Somente ele pode reverter tal situação.

Nem sempre a teimosia em algo que achamos certo vai trazer o resultado esperado. Mudar nossos pensamentos, talvez.